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BREVE EXPLANAÇÃO SOBRE OS MANTRAS DA SUDDHA DHARMA MANDALAM E O YANTRA DE SRI BHAGAVAN MITRA DEVA

  • Foto do escritor: Gustavo Sérgio Heil
    Gustavo Sérgio Heil
  • 17 de set. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de jan. de 2021

MANTRAS


O mantra pode ser compreendido como o ato sagrado que auxilia na canalização da atenção da consciência para o Átman (Espírito). O mantra não é uma oração, nem pode ser reduzido a uma simples repetição de palavras. Nele nada se pede; ao contrário, tudo se dá. Doa-se a si próprio ao Divino. Não se fala um mantra, entoa-o com louvor ao Supremo Espírito. O idioma utilizado é o sânscrito devido à sua grande força vibratória.


Hamsa Yogue menciona, na obra Suddha Raja YOGA, que a entoação dos mantras e bijas são palavras de poder classificadas como Karma-YOGA. Sim, como agir representam Karma-YOGA, assim considerado a prática indelével de ações capazes de nos conectar a Deus.


Não obstante, não se pode olvidar que o ato de praticar mantras depende de uma atuação sintética. É preciso, em primeiro lugar, conhecer as palavras e sílabas místicas, saber sobre a pronúncia correta (Gnana-YOGA). Ao entoar é importante estar completamente disponível para a realização. Deve-se escolher o melhor momento para sua prática e não apenas o tempo restante depois da malfadada chegada do cansaço. Também é preciso envolver a vontade, um querer fazer pleno, estar inteiro e entregue, realizar com o corpo e com a Alma, exercitar com puro amor (Bhakti -YOGA).


É possível ter lealdade à disciplina de invocar o mantra durante determinado período e pela quantidade de repetições sugeridas, porém se o aspirante o fizer sem uma profunda sinceridade o resultado não será a contento.


Percebe-se, com isso, a diferença significativa entre repetir palavras de forma automatizada e entoar um mantra ou bija. Aqui é o momento em que, de forma consciente, sacraliza-se o ato – o cântico vira entoação; as palavras viram Verbos Divinos; a consciência desloca-se do ego para o Espírito –. A entoação do mantra com sabedoria e devoção enquadra-se como Suddha Raja YOGA.


Numa perspectiva científica e espiritual, sabe-se que a manifestação é UNA. Todo o Universo é constituído por energia. A individualização dos micros que formam o Macrocosmo dar-se-ão pela vibração de cada SER. De acordo com a frequência vibratória, a consciência individualizada estará estabelecida numa percepção mais unitiva (Bhávana) ou repleta de separatividade.


Os mantras e bijas purificam e alinham os veículos do SER, preparam para a comunhão - a união com o Todo sem deixar de Ser -, promovendo o reconhecimento da real e verdadeira existência.


Nesse sentido, registra-se a relevância de praticar o mantra seja como ato preparatório da Dhyana (meditação), seja para exercer Sannyasa e Tyaga (ações desinteressadas dedicadas ao Divino).


O mantra primordial é o OM (AUM). Ele contém em si três elementos que juntos representam o manifestado e o imanifestado: a Matéria, a energia e o Espírito. Por meio da energia, o Espírito vivifica a matéria. Para sacralizar o dia, o aspirante pode entoar mentalmente o OM por três vezes ao despertar e antes de dormir. Essa sacralização significa dizer que todas suas ações, pensamentos e palavras são oferecidas à Brahman.


Um ponto interessante refere-se à entoação mental e verbal de mantras. A entoação mental é mais poderosa que a verbal. Quando se está praticando sozinho, a regra é a entoação mental. Nas meditações coletivas da Suddha Dharma, a informação de como entoar será esclarecida pelo instrutor.


Tudo flui como ar que se respira e expira. Sinta a Energia Divina por trás do ar e que se amplifica na entoação do mantra ressoado. Perceba que a vibração desse som "mantrico" não advém apenas das cordas vocais, mas do sanctum sanctorum. O coração etérico faz vibrar numa oitava maior o Verbo Divino encarnado.


Há em cada entoação de um mantra, de uma sílaba de poder, um universo ainda desconhecido pelo ego, mas de absoluta compreensão do Átman.


YANTRA DE SRI BHAGAVAN MITRA DEVA


Ao se deparar com o Yantra de Sri Bhagavan Mitra Deva, percebe-se que se está diante de uma Chave Sagrada. Uma chave geometricamente perfeita. Perfeita como o mantra nele forjada formado pelas sílabas iniciais dos 32 grandes Siddhas, além de 5 bijakcharas.

OM NAMASTE NARADEVAYA

HRIM NAMO NARAYANAYA CHA

SHRIM BADARI VANA NATAYA

KLIM YOGINAM PATAYE NAMAH

OM NAMO NARAYANAYA

NAMAH SIDDHA KUMAREBIAHA

NAMO DAKSHINAMURTAYE

HRIM SHRIM KLIM SHRIM AIM SAUH

SAH HAM, AYARO HAM

HAM SAH AMRITO HAM

AIM RAM RAM KLIM GLAUH

KRIM SAUH BAM DUM OM


OM GLÓRIA A NARADEVA

GLÓRIA A NARAYANA

QUE NOS BOSQUES DE BADARI

DOS YOGUIS É O SENHOR

OM GLÓRIA A NARAYANA

GLÓRIA AOS SIDDHAS KUMARAS

GLÓRIA A DAKSHINAMURTI

SEM NASCIMENTO SOU EU

SEM MORTE SOU EU


A chave está pronta e disponível a qualquer aspirante tal qual a espada de excalibur. Contudo, ela só abrirá o portal que acessa para dentro de si quando o aspirante estiver verdadeiramente apto. O tesouro por trás do portal somente pode ser acessado por quem tiver os atributos e qualidades compatíveis de um homem puro.

A chave é a chave. O Yantra simboliza, o mantra ecoa. Ambos são um só. Um o arquétipo simbólico; o outro, o sonoro.


* Texto de autoria de Gustavo Sérgio Heil - emissário da Suddha Dharma Mandalam e presidente do Ashram Kalyana




 
 
 

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