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  • Foto do escritorGustavo Sérgio Heil

PURIFICAÇÃO MENTAL



Todo o avançar de uma trajetória de autoconhecimento leva inevitavelmente a uma mudança progressiva de percepção.


Antes de adentrar no tema a que se propõe, é preciso fazer uma breve introdução acerca do organismo humano. Para a Suddha Dharma, o Espírito, quando encarnado, fica envolto em cinco corpos (koshas):



É na vestimenta mental-emocional (manomaya kosha) que se estabelece o ahamkara (consciência de ser). O ahamkara é o elemento que permite que a pessoa tenha consciência de si mesma, assumindo a individualidade em relação ao todo (estado de separatividade). Em sua manifestação primeira, ele é neutro – não é bom, nem mau. Todavia, quando passa a se manifestar por meio da envoltura mental-emocional, inicia-se o processo de egoísmo ou egocentrismo.


O processo de individualização perde a sua magnificência quando acredita-se que a separatividade é total. Inicia, assim, a jornada do homem com o desafio de domar uma mente agitada, dispersa, cheia de desejos, vinculada unicamente àquilo que os sentidos lhe oferecem.


Quando a mente inferior se coloca na condição de governante, ocorre a falta de equanimidade, gera-se a confusão mental, o desvio pelo corruptor apego pessoal ao resultado da ação. Toda a relação com o externo é vivida com altos e baixos, seja pelo apego às experiências agradáveis, seja por aversão àquilo que desagrada (dualidade).


A purificação da mente é a ferramenta transformadora que possibilita que o Átman ou Centelha Divina assuma seu papel Real, de Dirigente, de Rei, enquanto a mente inferior retoma o seu lugar de origem, que é servir o Espírito.


A prática ininterrupta de meditação faz com que a mente inferior seja banhada diariamente pela luz do coração, com as águas cristalinas das virtudes ou qualidades divinas. Cada vez que isso acontece a consciência se conecta com a Fonte Criadora.


Como disse James Hunt, "a mente é uma excelente serva, mas uma péssima governante". Quando a consciência é guiada pelo Átman, o aspirante passa a agir como o escritor, o protagonista e o leitor da sua história de vida. Ele sente-se pertencente ao processo maior da vida. Ele não apenas sabe, ele verdadeiramente experimenta a organicidade da existência, ele se entrega e se integra sem, contudo, se dissolver no oceano de Deus (Brahman).


E aqui está o propósito da individualidade que não se serve do poder da existência para viver uma vida meramente material, ele usa o poder para servir e crescer. Alcança-se, assim, o estado de reinar no Espírito soberano. Tudo que é noite para o homem comum é dia para o iogue e vice-versa.



É preciso compreender o equívoco de acreditar que somos feitos apenas dos envoltórios passageiros e transitórios. Se a consciência se encontra na mente-emoção, é preciso distingui-la do pensamento ou emoção produzido. A consciência deve aprender a se servir dos pensamentos e sentimentos para agir da melhor forma possível. Melhores pensamentos e sentimentos serão produzidos à medida em que se elevar a frequência de nossa vibração energética.


Por meio da purificação, não há aprisionamento, não há apego aos frutos das ações. A Sri Bhagavad Gita fala no corpo físico como a “cidade ou fortaleza de nove portões”. E o Espírito (Átman), é o grande governante dessa cidade.



A purificação mental permite a experiência de que somos Espíritos eternos, indestrutíveis. Nessa condição, advém a experiência da beatitude, de comunhão, de querer bem a todos os seres. Por meio do autodomínio, encontra-se a foça do um, a força do OM!


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