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LAYA YOGA - AUTO-CURA

  • Palestras e textos
  • 2 de mai. de 2019
  • 10 min de leitura

Atualizado: 22 de jan. de 2021

Preparação físico-psicológica para restabelecer a saúde nas pessoas com problemas de natureza mental e física

Treinamento para o equilíbrio físico-psíquico

Para cada nova iniciativa em nossa vida, seja de natureza física ou mental, é necessário, em primeiro lugar, o conhecimento daquilo que pretendemos; em segundo lugar, é importante estarmos motivados, ou seja, estarmos realmente com vontade ou desejo para realizá-lo; o passo imediato é colocar o nosso plano em ação. Conhecimento, Vontade e Ação são os três componentes básicos e eternos para realizarmos qualquer coisa no mundo, seja para os aspectos materiais, mentais ou espirituais. Quando estes três componentes são aplicados de forma correta, realizamos uma obra e a isto chamamos de Síntese ou Yoga, como tecnicamente ensinam os Mestres. Se fizermos uma reflexão, verificamos que nenhum objetivo, sutil ou material, desde as coisas mais banais até as mais elevadas, pode ser realizado sem se observar essa seqüência.

Consequentemente, Yoga é Vida.

Existe um sistema específico, com técnicas simples e acessíveis a qualquer pessoa, mas de comprovada eficácia em seus resultados, que visa harmonizar o corpo e a mente. Não obstante as origens da Laya-Yoga (nome em sânscrito do método, que significa "união com a quietude; repouso; atenção contemplativa") perdem-se nas brumas de um passado longínquo, sua prática e efeitos estão sempre atualizados.

Dr. Schultz, médico alemão, estudou-a profundamente no começo deste século e, após inúmeras observações e experiências, criou o conhecido método Autógeno de auto-cura, baseado na Laya-Yoga. Posteriormente, na França, essas mesmas experiências foram realizadas com êxito por Louis Emile Cuiyet. Nos dias atuais, esta técnica está disseminada em todos os países, às vezes, com as naturais idiossincrasias de cada pesquisador, mas sempre com suas raízes na Laya-Yoga.

Basicamente, o método consiste em práticas suaves de relaxamento, técnicas de respiração com palavras de auto-confiança e auto-sugestão. O grande objetivo da Laya-Yoga é eliminar as gravações negativas e doentias de nossa mente e subconsciente e gravar pensamentos e imagens positivas de saúde, alegria e paz. Nós somos o que pensamos, dizem os tratadistas espiritualistas. Achamos oportuno agora fazer uma curiosa comparação.

Imaginemos o ser humano como se fosse um computador. Nós sabemos que essa maravilha da tecnologia moderna dispõe de memória e grava os dados ou informações e podemos, sempre que o quisermos, lançar mão de qualquer programa previamente gravado. Nosso subconsciente é o nosso banco de dados. Desejos, sentimentos, aspirações, conhecimentos científicos, arte, religião, filosofia, ética, amor, etc. - tudo se encontra gravado em nosso ser profundo. Mas, infelizmente, nem sempre eles estão corretos e nem sempre são verdadeiros; dessa forma, esses programas se manifestam espontaneamente em nossos estados de vigília, quando nos levantamos todas as manhãs, produzindo seus efeitos bons (se se encontram em harmonia com o Cosmo) ou maus (se estiverem desarmônicos). É imperioso, portanto, reprogramar as gravações negativas e erradas, substituindo-as pelas corretas e positivas. Essa é exatamente a grande finalidade da Laya-Yoga: lançar em nosso subconsciente aquilo que pode nos proporcionar alegria, saúde, prosperidade, paz e felicidade.

Partindo do pressuposto ou da verdade de que a mente é o veículo da personalidade humana "mais sutil e mais poderoso que os sentidos e o corpo" (Bhagavad Gita, V-25), podemos, por meio do reto pensar, realizar extraordinárias curas físicas ou psíquicas, em nós próprios.

Em mais de 25 anos de observação e experiências, durante os quais entregamos este método a centenas de pessoas para que realizassem nelas próprias o processo de auto-cura, pudemos não só testemunhar como afirmar categoricamente sua comprovada eficácia, quando as prescrições são efetivamente praticadas.

O ciclo da prática, normalmente, é de 90 dias, mas dependendo da natureza e intensidade da desarmonia, o processo de auto-cura pode sofrer variações para mais ou menos.

Tristezas, traumas, angústias, depressões, fobias de todas as naturezas, recalques, ódios, ressentimentos etc. podem ser eliminados pela intensa prática de Laya-Yoga; verificamos, também, curas de natureza física, mas essas demandam um tempo mais longo de exercícios.

Até algumas décadas atrás, nem leigos nem especialistas acreditavam que a mente pudesse exercer um verdadeiro poder de cura nos órgãos físicos doentes. Hoje, nem todos os médicos pensam assim.

Edward Bach, médico inglês, pai da medicina floral, é um dos defensores da total influência da mente sobre o corpo. Após anos de estudos das essências florais, pesquisas laboratoriais e observância dos efeitos de seus remédios em seus clientes, ele formulou sua doutrina científica, na Inglaterra, há cerca de 50 anos e hoje ela é de aplicação em quase todos os países. Referida ciência é, a nosso ver, uma forma sofisticada da Homeopatia de Samuel Hahnemann (1755-1843). Bach, em suas obras, define que as origens das doenças estão no desequilíbrio do ser em seu relacionamento com o Cosmo, e suas causas imediatas seriam o desconhecimento do ser e da realidade de si mesmo, a ausência de amor e a ignorância do correto atuar no mundo e com o próximo; sua ciência busca eliminar as doenças físicas e mentais em suas raízes, pela transformação moral do homem, enquanto a ciência médica ortodoxa está mais voltada para a pesquisa da doença em si mesma e a cura pelos seus efeitos.

Com essas considerações, passemos agora para a PRÁTICA DA LAYA-YOGA (auto-cura)

Adaptação feita por Sérgio Fonseca Baptista Barretto, membro da SUDDHA DHARMA MANDALAM desde 1965 e consagrado Gnana Dhatha Instrutor, pelos Mestres da Organização em 1981.

LAYA YOGA - A AUTO-CURA

1ª Parte: Físico – Psíquica

Banho quente, auto-fisioterapia, relaxamento e musicoterapia.

Este método pode ser adotado por qualquer pessoa de qualquer idade, sexo, religião, desenvolvimento cultural ou espiritual. O êxito vai depender, unicamente, da prática diária.

Após levantar-se ou no momento de deitar-se, o candidato à cura pela Laya-Yoga deverá tomar um banho de imersão (se possível), de morno para quente. Já aí, desde esse momento, deverá conscientizar-se que o fator IMAGINAÇÃO é sumamente importante em toda a prática. Para se avaliar, numa escala de 1 a 10, a imaginação vale 9 e a força de vontade.

Deverá, então, com esta convicção, imaginar que, no momento em que está se lavando fisicamente, a mesma água o está purificando em seus veículos astral (ventre), emocional (peito) e superior (cabeça).

Após o banho, enxugar todo o corpo suavemente com uma toalha felpuda, fazendo depois, com ambas as mãos, uma massagem lenta nos pés, na barriga das pernas, no peito, ombros, pescoço e na nuca. Isto tem por finalidade abrir os poros e eletrizar todo o corpo.

Em seguida, deverá retirar-se do banheiro para o quarto. Neste, presume-se que tudo esteja arranjado: meia-luz, um ou dois cobertores estendidos no solo (nunca na cama), devendo em cada extremidade existir um travesseiro, sendo um mais alto que o outro; ligar o som (baixo volume), colocando música de preferência clássica (Chopin, Mozart, Brahms, Beethoven, e outros) ou algum tipo de música suave, sem canto. Estender o corpo no cobertor (ou esteira) de maneira que os pés se apoiem sobre o travesseiro mais alto e a cabeça no mais baixo. Os braços deverão ficar estendidos ao longo do corpo, isto é, cerca de 25 cm do tronco. O candidato deverá estar vestido apenas com um calção (se for verão), sem meias, sapatos e sem qualquer pressão no ventre. Iniciar, então, o processo do relaxamento total.

Primeira providência: Cerrar os olhos e os lábios suavemente, de forma que não haja nenhuma contração muscular e respirar cinco vezes (inalação e eliminação, pelas narinas, de maneira suave e lenta); após o que, deverá fixar sua mente em uma cachoeira ou em um manso lago azul ou em uma paisagem campestre ou, finalmente, em qualquer quadro que descanse a mente.

Segunda providência: Começar o relaxamento comandando o descanso pelo poder mental; pode, se o quiser, ir relaxando os tornozelos e, sucessivamente, as pernas, coxas, lembrando dos músculos, nervos, tendões, veias e artérias; deve-se demorar alguns segundos, imaginando o repouso, em cada parte do corpo; passará, então, a atenção para os órgãos internos (parte intermediária), relaxando os rins, fígado, intestinos, coração, pulmões, etc., mentalizando, sem esforço, cada órgão, relaxando-o, mantendo sempre a mente numa atitude despreocupada; e, finalmente, descontrair o pescoço, a nuca, o queixo, os lábios, os músculos em torno dos olhos, as faces, sobrancelhas, o frontal, toda a cabeça.

Atenção: A mente deverá fixar o repouso do cérebro, que é a usina central do corpo, num tempo de pelo menos um minuto, sentindo o repouso de bilhões de neurônios, os quais determinam o repouso total do corpo. No futuro, após muitas práticas de relaxamento, o candidato aprenderá a relaxar de uma maneira mais rápida, mentalizando apenas o cérebro e comandando daí o repouso total do corpo.

Terceira providência: Efetuar um exame retrospectivo do relaxamento, dos pés à cabeça e verificar se ocorreu alguma contração muscular e relaxá-la; por fim, física e mentalmente em repouso, permanecer de 3 a 4 minutos.

2ª Parte - Psíquico – mental

Respiração e auto - sugestões

Levantar-se do solo, mantendo o corpo em repouso e sentar-se em uma cadeira dura para a prática da correta respiração com mentalizações de poder. Manter a coluna ereta, a cabeça levantada (levemente inclinada para a frente), fechar suavemente os lábios e os olhos, abaixando os ombros, com as mãos apoiadas sobre as pernas.

Início da respiração com concentração:

Com os olhos fechados, respirar vagarosamente, suavemente e sem esforço. De forma que não haja cansaço na inalação, nem na expiração, imaginando que, no momento em que está respirando se está inundando todo o ser e, então, deve-se fazer o seguinte pensamento (ou outro similar):

Inspirar o ar, afirmando mentalmente: PODER DE DEUS ME COMPENETRA E ME CURA FÍSICA E MENTALMENTE!

(Imaginando, então, dois cordões de ouro que entram pelas narinas e percorrem o cérebro e todo o corpo) Reter, por alguns segundos, o alento, sentindo o processo de purificação no cérebro, sangue, ossos e todo o corpo, afirmando mentalmente: EU ESTOU CURADO!

Eliminar o alento, imaginando que está colocando para fora, pelas narinas, dois cordões negros que representam as doenças, lixo mental, vícios, temores, etc., e afirmar: EU ESTOU ELIMINANDO...

(mencionar mentalmente as doenças físicas e mentais, etc.) Terminada, então, a inspiração, a retenção e a expiração do alento, com as idéias acima, reiniciar novo ciclo, nunca esquecendo, no momento da inspiração, de

“Estar dentro e atraindo o Poder Cósmico de Deus”,na retenção do alento, de... “Estar sentindo a purificação total de cada célula do corpo”e na expiração, de.... “Estar eliminando todos os venenos físicos e psíquicos”.

Esta prática deve ter a seguinte duração:

1ª semana : 3 a 4 minutos por sessão (não ultrapassar 2 sessões diárias) 2ª semana : 5 a 7 minutos por sessão (não ultrapassar 2 sessões diárias) 3ª semana: 7 a 10 minutos por sessão (não ultrapassar 2 sessões diárias)

Observação: A prática deve ser feita de forma extremamente lenta e suave, para uma perfeita assimilação dos conceitos na inalação, retenção e expiração. Mesmo assim, nas primeiras sessões, poderão ocorrer leves tonturas, as quais resultam da elevada carga de oxigênio e de prana concentrado, não habituais ao organismo do candidato. Se isto ocorrer, espera-se que cada pessoa use de seu discernimento para reduzir o tempo de prática, que, porém, nunca pode ser inferior a três minutos. E não se deve praticar, em hipótese alguma, mais de 10 minutos, pois isto poderá provocar outros processos psíquicos estranhos à cura.

3a Parte - Mental e Espiritual

Auto-sugestões, reconciliação e cromoterapia

No momento de deitar-se, sem que se pense em retornar à sala para ler, conversar, ouvir rádio ou assistir televisão, deverá o candidato repetir, mentalmente, mantendo o corpo em repouso (sentado ou deitado), olhos fechados:

DEUS HABITA MEU SER! MINHA SAÚDE É FERFEITA! (108 vezes)

e no momento de se levantar:

O PODER DE DEUS SE ALOJA EM MEU SER! NADA PODE ME AFETAR! (54 vezes)

As afirmações mentais devem ser feitas com confiança e devoção espiritual; não há, necessariamente, a condição de acreditar ou ter fé, mas também não se deve combater a própria prática. A fé virá naturalmente, em poucos dias, pelos efeitos do próprio exercício. Estas afirmações poderão ser feitas, também, a qualquer hora, sempre mentalmente, andando pelas ruas, dirigindo um carro, pois quanto mais vezes ao dia for lançada a mensagem para o subconsciente, mais rápidos serão os resultados da cura. As palavras de poder acima poderão também adaptar-se, à vontade, segundo a enfermidade física ou psíquica, especificando determinado órgão ou parte do corpo. Não existe restrição quanto ao número de vezes, mas é sempre bom estar conscientizado, para que as forças invocadas pelas palavras de poder penetrem a medula, as células, o sangue, os tecidos, o coração, a mente e a alma, e que as vibrações criem uma nova aura, um corpo etéreo super-eletrizado com PODER DIVINO.

Ainda com relação às auto-sugestões realizadas à noite e no momento de levantar-se, estas poderão ser gravadas em cassete, desde que sejam com a voz do próprio candidato. Nessa hipótese, poderá limitar-se a ouvir a própria gravação.

PRÁTICA DO MEIO-DIA

RECONCILIAÇÃO TOTAL, CURA TOTAL!

Após o almoço, descontraído, deverá o paciente deitar-se no quarto (se possível); caso não disponha de condições para fazê-lo, em razão de seu trabalho, em nenhuma hipótese deverá deixar de efetuar, mentalmente, a seguinte oração:

Eu me reconcilio com todos os seres viventes do Céu e da Terra! Todos os males que contra mim foram feitos pelos meus semelhantes, em todas as minhas vidas passadas e na presente, pelos pensamentos, palavras e atos, estão agora apagados de minha mente e de meu coração, uma vez que eu amo todos os seres e coisas: minerais, vegetais, animais, seres humanos, anjos e as almas ainda mais elevadas. Eu estou em harmonia com o infinito, com todas as leis divinas, mentais e espirituais. Da mesma forma e conforme as leis superiores, eu rogo para que todos os males que eu provoquei, pelos pensamentos, palavras e atos, em minhas vidas anteriores e na presente, também sejam apagados do meu karma (destino), afastando todas as enfermidades físicas e mentais.

Meditar por uns três minutos, com o pensamento no coração, procurando a reconciliação com todas as pessoas com as quais houve atritos, ofensas, discussões, etc. - irradiando amor.

Essa oração deve partir da luz do coração, e deve-se anular todos os resíduos de ódio, recalques, energias negativas do corpo perespiritual, as quais não pertencem, de fato, ao espírito e sim à personalidade.

A cura está na razão direta da reconciliação interna e não em fatos externos. De nada vale a reconciliação exterior, em que o candidato vai procurar o desafeto para o retorno da amizade, com palavras diplomáticas, mas sem o verdadeiro respaldo no perdão. Não existe nenhuma necessidade de contato verbal ou físico para a reconciliação, posto que o elo desarmônico não se desfaz com palavras sem espírito. A cura estará limitada até o grau em que houve reconciliação. Portanto, anotem: RECONCILIAÇÃO TOTAL, CURA TOTAL !

CONCLUSÃO

Para ajudar a aquietar a mente é recomendado fixar os olhos bem no meio do Yantra da figura abaixo, a qual deve ser desenhada (triângulo equilátero) em um papel de cartolina branca, tamanho 25x25 cm (ou maior), com as cores indicadas, e colocada depois a uma distância de um metro do praticante, para a devida concentração. Essa concentração deve durar apenas um minuto e poderá ser feita, opcionalmente, antes da respiração e das auto-sugestões.

Yantra Os candidatos habituados à concentração e à meditação poderão ainda agregar a cromoterapia, ou seja, a atração de luz ou átomos luminosos do Universo, no momento de repouso, com os olhos fechados, como segue:

MENTALIZAR

1º) LUZ VIOLETA: para desintegrar as vibrações escuras, sombras na aura, doenças físicas e vícios; 2º) LUZ AZUL-CLARO: purificação das emoções e sentimentos; 3º) LUZ ROSA: atrair amor divino para purificar o coração; 4º) LUZ AMARELO-OURO: atrair sabedoria e purificar o sistema nervoso; 5º) LUZ BRANCA: atrair energias para a harmonia completa do corpo e da alma.

Essa seqüência poderá ser alterada segundo a vontade e a necessidade do candidato.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

A prática da Laya-Yoga se destina unicamente ao equilíbrio do corpo e da alma, à harmonização e ao bem-estar, mas pode servir também como uma boa preparação para aqueles que desejam a verdadeira prática da SUDDHA RAJA YOGA, o método supremo da realização espiritual.




 
 
 

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